Clap!tomaníaco
Estou tão de acordo com post do Luís Camilo Alves, que não me contento com o link.
Aqui ficam algumas partes:
Se o mundo acabasse amanhã à palmada, os portugueses eram o único povo que sobreviveria a um longo inverno apocalíptico. Portugal pode ficar em último lugar em todas as estatísticas e indicadores de desenvolvimento, mas é o primeiro em aplausos per capita.
(...)
O português, quando bate palmas, não está apenas a bater palmas. Está a também a aplaudir. E - pode-se hoje afirmar com alguma segurança -, à mínima oportunidade, aplaude tudo o que apanha pela frente. Quanto pior for o espectáculo, o livro, o filme, o telejornal, a asneira e o molho do bife, mais ele oscila generosamente os braços.
(...)
Morfologicamente, o palmípede tem músculos que ligam as palmas das mãos à coluna vertebral, ao crâneo e aos pés. Quando aplaude, todo ele se abana e sacode. Tomemos, a título de exemplo, uma anedota do Fernando Rocha: à primeira *#!*lhada, já está a menear a cabeça, para a frente e para trás, como fazem os pombos a andar. À segunda, debate-se contra a força gravitacional que o prende à cadeira. À terceira já é atracção de circo.
(...)
O problema do palmípede reside no facto de sovar as palmas das mãos, indiscriminadamente, a tudo o que mexa, sobretudo se medíocre. Paradoxalmente, acaba por se levar demasiado a sério. E isso eu não aplaudo.
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