-Quase 600 paus por pão e leite? Queira desculpar mas não pago. E chame o responsável.
- Eu chamo é a policia, se o senhor não me pagar o que deve.
- Mas eu ainda não devo nada. Ainda não levei nada. Chame-me o gerente.
- Deixe passar as pessoas que estão a trás de si.
- Chame o gerente, já disse. E quero o livro de reclamações.
- Tome lá o livrinho, aqui tem uma caneta e vá escrever lá para o fundo que preciso de atender as pessoas querem pagar.
Júlio senta-se à frente da banca das revistas e escreve a sua reclamação.
Exmos senhores:
Sois um cabrões de primeiríssima água. Venho de uma terra onde os animais comem palha, fornicam à bruta no campo e cagam por todo o lado, mas aqui tabelam o pão e o leite a 600 paus. Foda-se. Acredito tanto na justeza destes preços como na virgindade de Vossas estimadas mães antes dos 9 anos.
Sem mais, subscrevo-me pacientemente, aguardando que morram de diarreia fulminante ou de combustão espontânea.
Júlio.
-Aqui a reclamaçãozinha e agora chame o gerente.
-Pronto, agora vai ter uma resposta à sua reclamação.
~-Eu sei. Mas quero o gerente.
-Estamos quase a fechar, é sexta-feira, o gerente já foi de fim de semana. Ele não o vai atender hoje de certeza.
-Quero o gerente! Quero o responsável pelos preços destes produtos!
sexta-feira, julho 22, 2005
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1 comentário:
nem para os júlios a vida está fácil...
e quando os sacristães almejam fortes evacuações de ventre líquidas a quem quer que seja, é porque o estado da nação está prestes a ultrapassar o limite do sustentável!
mas também, que o mandou ir lá da aldeia directamente para a select [do bairro alto?!]?!
mais valia ter aceite a merenda na cantina do convento de São Vicente de Fora...
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