quarta-feira, julho 13, 2005

Juro que vi o rissol mexer-se. Juro. Era de carne, dourado e estava ligeiramente tostado num dos lados. Confrontava pelo lado direito com uma folha de alface, pelo esquerdo com uma bola de arroz e tinha a cavalo, um ovo. Um ovo destemido, de gema alvíssima e de clara escura. E foi a gema que o denunciou. Estremeceu, e rompeu-se com o esgar que só o pão ralado frito consegue ter. Ergui-me enérgico. Percorri o espaço até à cozinha e exibindo o prato como uma bandeja perguntei: "Não aprenderam na cadeira de Fritos II da Escola Superior de Turismo e Hotelaria a gasear devidamente os rissóis antes de os fritarem?". " Não, os rissois, como aliás as enguias perdem o seu valor proteico se fritos mortos. "

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