Visão do terceiro mundo
Como ser um país do terceiro mundo? É simples. Basta perguntar a qualquer brasileiro por que razão não aposta o país numa boa rede de caminho-de-ferro. A resposta é pronta: o que faríamos aos camionistas desempregados?
A mesma linha de raciocínio é seguida aqui: é preciso acabar com a produção gratuita de conhecimento porque se poderia estar a pagar a alguém para o produzir.
Em qualquer destas actividades, se dependermos do trabalho voluntário gratuito, estamos a fazer um mal parecendo que fazemos um bem. Estamos a fazer um mal porque não permitimos o desenvolvimento de melhores maneiras de fazer essas actividades, e porque tiramos empregos a milhares de pessoas que neste momento estão desempregadas e que teriam outras perspectivas de vida. E estamos a prejudicar gravemente a vida económica de todos, porque a nossa riqueza depende crucialmente das trocas comerciais, da compra e venda de bens e serviços. Para quem está desempregado, o voluntário que lhe faz gratuitamente o trabalho que ele poderia fazer numa empresa ganhando o seu ordenado não é uma figura assim tão simpática.
Vamos também acabar com o Linux, pois a Microsoft e a Google não podem ter esse tipo de concorrência desleal.
O progresso não destrói empregos. Muda-os, geralmente para melhor...
Sem comentários:
Enviar um comentário